Amazon
top of page

Crítica l Os Fantasmas Ainda se Divertem - Beetlejuice, Beetlejuicee

Manter a qualidade de uma sequência de um filme icônico pode ser um grande desafio especialmente quando se trata de dar continuidade a uma história bem conhecida após um longo intervalo desde o lançamento original. Com o passar dos anos, as expectativas dos fãs por uma continuidade se mantém elevada e a comparação com o impacto do primeiro longa pode tornar-se inevitável, trazendo uma tarefa dificil para a equipe de preservar a essência da obra.


"Os Fantasmas Ainda se Divertem - Beetlejuice, Beetlejuicee", parte do ponto em que, após uma tragédia inesperada, três integrantes da família Deetz retornam para a famosa casa em Winter River. Lydia (Winona Ryder), abalada pelos eventos passados com Beetlejuice, vê sua vida ruir quando sua filha adolescente, Astrid (Jenna Ortega), encontra uma maquete misteriosa no sótão e o portal que liga o mundo dos mortos com os vivos acaba sendo exposto. Com dificuldades aparecendo em ambos os universos, logo será inevitável que Beetlejuice faça seu grande retorno, o que permitirá ao demônio soltar e provocar o seu estilo único de tumulto e caos.


O diretor Tim Burton precisou nesse longa equilibrar a nostalgia com a inovação, garantindo que a sequência capturasse a magia que tornou o original tão especial e tão aclamado por crítica e público, enquanto navegava pelas novas demandas e contextos contemporâneo no roteiro.


Em diversas sequências, Burton consegue capturar com precisão a essência do primeiro cápitulo da história, relembrando o motivo pelo qual ele é tão amado e admirado pelos fãs. As cenas são incrivelmente bem elaboradas, e o jogo de câmeras contribui de forma brilhante para o desenrolar da narrativa. Essa combinação de elementos não só destaca o apelo do original, mas também provoca um sentimento de saudosismo que é essencial para aquele público que abraçou o universo nos anos 80.



No entanto, em contrapartida, o roteiro pode sobrecarregar o público com informações e múltiplos enredos ao mesmo tempo, o que, infelizmente, faz com que algumas narrativas fiquem em segundo plano. O filme poderia oferecer uma maior profundidade em certos enredos, permitindo que essas pequenas tramas se desenvolvessem de maneira mais detalhada trazendo mais brilho para o conto.


Um aspecto digno de destaque é que o retorno de Michael Keaton e Winona Ryder aos seus papéis, realmente se tornou motivo de celebração. pois eles são verdadeiramente a alma da história. Ver ambos reprisando seus papéis icônicos é um presente para os fãs e é gratificante observar como eles continuam conectados a ideia proposta, como se sempre fizessem parte do universo dos personagens.


Para o público novo, a presença de Jenna Ortega atrai ainda mais curiosidade, e sua atuação é importante ao possuir o proposito de trazer uma imagem mais atual para uma narrativa antiga. Sua performance adiciona novas camadas e debates ao longa, tornando-o acessível para uma nova geração de espectadores. O personagem de Willem Dafoe, Wolf Jackson, também é uma excelente adição à trama. O tom cômico que Dafoe imprime ao personagem faz com que todas as suas cenas se destaquem, trazendo um frescor e uma energia que enriquecem a obra e contribuem para o entretenimento geral.


"Os Fantasmas Ainda se Divertem - Beetlejuice, Beetlejuicee", apresenta tanto acertos quanto falhas, mas para os fãs do universo construido por Burton que se tornou um clássico, é uma oportunidade imperdível de rever personagens icônicos e explorar um mundo que esteve adormecido por muitos anos. A premissa faz com que a experiência valha a pena para aqueles que acompanham a saga desde o início. A estreia está marcada para o dia 5 de novembro, e a obra estará disponível em todos os cinemas.



Comments


bottom of page