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Crítica l Furiosa: Uma Saga Mad Max

"Furiosa: Uma Saga de Mad Max" vem para se tornar um capítulo importante na história de uma das franquias mais amadas e respeitadas do cinema, fortalecendo ainda mais seu legado nos gêneros de ação e ficção científica. Com sua chegada, a saga pretende cativar novamente um público fiel que anseia pelo retorno de uma narrativa que arrebatou uma geração e planeja servir como isca para um novo telespectador . Este novo filme promete se aprofundar no universo de Mad Max, trazendo novas perspectivas e enredos, enquanto homenageia os elementos que fizeram os filmes anteriores receberem tanto destaque.


No novo longa, acompanhamos a trajetória de Furiosa (interpretada pelas talentosas Alyla Browne, em sua fase jovem, e Anya Taylor-Joy, na fase adulta), que se vê em perigo quando é sequestrada por motoqueiros liderados pelo senhor da guerra Dementus (interpretado pela grande surpresa Chris Hemsworth). A narrativa tem como base o desejo de vingança da protagonista e seu sonho pelo retorno à sua terra natal, proporcionando uma trama intensa e emocional que pretende explorar todas as nuances de um personagem que já tinha conquistado a admiração de um grande público, anteriormente interpretado pela grandiosa Charlize Theron, cuja atuação memorável deixou um legado em Mad Max.


O diretor George Miller teve a missão de contar a vida de Furiosa 15 anos antes dos acontecimentos do último filme. Miller conseguiu captar e acertar em vários aspectos na hora de contar essa nova história, como, por exemplo, a construção da protagonista, o cuidado nas referências ao universo, a riqueza de detalhes nas cenas, a escolha dos atores, e o caminho linear dos eventos e a utilização de ferramentas do cinema ao usar artifícios para se dividir o filme em cinco capítulos. Essa abordagem cuidadosa e detalhada promete enriquecer ainda mais o já conhecido e admirado universo de Mad Max, proporcionando uma experiência cinematográfica adequada para o público.




O filme não apenas mantém a intensidade e a adrenalina que consagraram os clássicos anteriores, mas também prioriza o aprofundamento em uma personagens complexa. A direção capacitada, uma equipe técnica inteligente e a cinematografia deslumbrante transportam os espectadores de volta ao mundo caótico e visualmente impressionante que George Miller tão habilmente construiu nos primeiros longas. Para aqueles que acompanham há tempos a franquia, "Furiosa" é uma oportunidade única e uma grande homenagem de tudo o que torna Mad Max tão importante especial para o gênero e para o mundo do cinema.


Tecnicamente falando, o filme apresenta efeitos que prendem a atenção do público. Mesmo com o uso de elementos fantasiosos, o diretor consegue fazer com que o público acredite no que está vendo e compre a ideia do que está sendo apresentado. A combinação de efeitos visuais que contribuem para a narrativa e uma direção que sabe o que quer resulta em uma boa fórmula de saber fazer cinema. Cada detalhe é pensado e elaborado para criar um mundo que seja passível e fascinante, aproximando o público da narrativa.


As sequências de ação, mesmo não tendo o tempo de tela que ''Mad Max: Estrada da Fúria'' (2015) teve, são bem coreografadas e impressionam por suas cenas volumosas. O diretor teve cuidado, ao invés de se concentrar em rechear o filme apenas com números de ação, priorizou desenvolver os enredos dos personagens. Essa abordagem permitiu que o filme tivesse um equilíbrio entre ação e a narrativa.


A escolha da atriz Anya Taylor-Joy foi um grande acerto da direção. Anya soube captar a essência da personagem em transmitir seus sentimentos, muitas vezes sem a necessidade de muitas falas. Com um simples olhar, ela conseguia expressar uma variedade de emoções, permitindo que o público sentisse a raiva e a determinação da personagem, gerando identificação. Sua performance trouxe uma experiência exclusiva ao filme, comprovando, que a atriz foi uma grande escolha para o legado da saga.


Chris Hemsworth foi um grande presente no filme. Ele soube acertar perfeitamente o tom do personagem e do vilão, trazendo um carisma singular sem se tornar caricato. Sua performance acrescentou uma nova visão à narrativa, tornando o personagem interessante e difícil para ser analisado. Além disso, a química entre Hemsworth e Anya Taylor-Joy foi claro, proporcionando outro ponto positivo para o público. Juntos, eles criaram momentos memoráveis que enriqueceram o enredo.


Apesar de entender que o intuito da direção era priorizar a complexidade da personagem Furiosa, seria interessante acompanhar mais alguns enredos sendo trabalhados, como o do Praetorian Jack, interpretado por Tom Burke. Embora ele tenha tido boas cenas, houve uma falta de aprofundamento no personagem que poderia acrescentar ainda mais riqueza a narrativa. Além disso, mais cenas do Immortan Joe, interpretado por Lachy Hulme, teriam sido bem-vindas. Essas adições poderiam ter complementado ainda mais a trama, proporcionando uma visão mais ampla e detalhada de relações do filme.


O filme é uma grande surpresa e tem tudo para se tornar um dos grandes acertos do ano. O diretor soube levar para as telas de cinema uma obra cheia de riqueza de detalhes, enredos elaborados e atuações impecáveis. Não perca, o filme estará disponível em várias telas brasileiras a partir do dia 23 de maio.



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