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viniciusarauujo

Crítica | Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes



A ansiedade toma conta quando sentamos para assistir a um filme de Jogos Vorazes. Adaptado da trilogia de Suzanne Collins, "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" é cheio de comentários sobre classe, guerra, política e violência na indústria do entretenimento. Os jovens são obrigados a lutar até a morte, em arenas perigosas ao vivo na TV, enquanto um público rico e privilegiado, faz doações e apostas naqueles que se destacam no jogo.


Essa não é apenas mais uma produção de uma franquia que quer lucrar, mas para mostrar a origem dos jogos e de seus criadores. De início, recebemos uma Panem destruída, logo após uma guerra civil, que aconteceu mais de 60 anos antes de Katniss se voluntariar como tributo, onde vemos um jovem Coriolanus e sua prima Tigres, testemunhando um homem cortando a perna de um cadáver para se alimentar. Avançando rapidamente para as vésperas da 10ª edição dos Jogos Vorazes.


Coriolanus Snow (Tom Blyth) está perto de se formar na escola e ir para a faculdade, mas não antes que cada um de sua turma seja ordenado a ser mentor de um tributo dos Jogos Vorazes. Nesta edição dos jogos, o mentor vencedor receberá um prêmio monetário que permitirá a Coriolanus comprar a casa que mora com sua avó e sua prima Tigris e livra-los da pobreza.


A audiência está baixa nesta nova edição dos jogos, o que faz com que a Capital encontre novas maneiras de gerar mais entretenimento para aqueles que assistem. Os mentores são informados que devem encontrar maneiras de transformar os Jogos em um verdadeiro espetáculo, para manter as pessoas assistindo. A tributo de Coriolanus, Lucy Gray Bird (Rachel Zegler), uma cantora itinerante do Distrito 12, parece ser a esperança de uma vitória. Ao ser apresentada como tributo, Lucy canta uma música folclórica local ao vivo, gerando interesse em muitos que estavam assistindo, trazendo ideias para Coriolanus de ganhar os Jogos. Ao mesmo tempo, despertando interesse no apresentador Lucretius Lucky Flickerman (Jason Schwartzman) e da cientista Dr. Volumnia Gaul (Viola Davis).


O longa tem uma boa história e ótimos cenários, trazendo respostas para muitas perguntas: Quem criou os Jogos Vorazes? Para que os Jogos servem? Como Snow ficou tão frio? E, mesmo um filme com 2h30min, poderiam ter produzido um filme mais longo, ou dividido em duas partes, pois havia muito o que explorar, principalmente as emoções e manipulações no relacionamento de Lucy e Snow.


O filme mostra a verdade de como eram os Jogos Vorazes no início: crianças matando crianças, sem ter um ambiente bonito, com belas paisagens, transformados em arenas. Apenas uma arena cinzenta, onde há a intenção de rapidez no fim e na vitória.


Conclusão


"Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" traz novamente um incrível Francis Lawrence como diretor desta distopia, onde crianças são forçadas a caçar e matar umas às outras para entretenimento de uma classe privilegiada. Uma adaptação fiel do romance de Suzanne Collins, mas peca em pouco explorar as emoções e manipulações dos personagens. Tom Blyth e Rachel Zegler foram escolhas brilhantes para a franquia, principalmente Zegler, que traz uma linda voz as músicas cantadas durante o filme.


"Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" chega aos cinemas na próxima quarta-feira 15 de novembro.




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