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Ryan Ramos

Crítica | Duna - Parte 2


O filme que gerou muita conversa em 2021 está de volta às telonas de todo o Brasil. Mas será que sua sequência consegue alcançar o mesmo nível do primeiro?


Em "Duna: Parte 2", acompanhamos os acontecimentos imediatos à queda da Casa Atreides e à disputa pelo controle do planeta Arrakis. Paul Atreides (interpretado por Timothée Chalamet) se une a Chani (interpretada por Zendaya) e aos Fremen para se vingar daqueles que destruíram sua família. Agora, ele se vê diante de um dilema entre o amor e o destino do universo, tendo que evitar um futuro sombrio que apenas ele pode prever. A sequência aprofunda o lado religioso do povo Fremen, questionando se Paul é realmente o "Messias" destinado a guiá-los ao tão sonhado paraíso verde de Arrakis. A sociedade se divide entre os que são fiéis à profecia e os céticos. Entretanto, o novo vilão, Feyd-Rautha Harkonnen (interpretado por Austin Butler), sobrinho do tirano Vladimir Harkonnen (interpretado por Stellan Skarsgård), assume a responsabilidade pela extração das especiarias e pelo fim do povo Fremen.



Sem dúvida, "Duna: Parte 2" promete ser um dos destaques de 2024 no cinema. Seu universo é incrivelmente detalhado e expansivo, onde cada elemento revela novas nuances e possibilidades, tornando a experiência cinematográfica verdadeiramente envolvente. As sequências de ação são um dos pontos altos do filme, proporcionando uma visão mais profunda dos costumes do povo que se considera uno com o deserto. Paul enfrenta o desafio de aprender a ser um guerreiro e todas as crenças e atividades necessárias para se tornar verdadeiramente um Fremen. Essa jornada de aprendizado e adaptação adiciona uma camada fascinante à narrativa e ao personagem.


Devo destacar duas performances neste filme: Timothée Chalamet e Austin Butler. Timothée, sem dúvida, é o queridinho de Hollywood, mas esse status também pode despertar certa desconfiança entre o público. No entanto, neste filme, ele demonstra uma evolução impressionante. Seu personagem é complexo, com camadas que provocam sentimentos conflitantes no público, pois enfrenta inúmeros dilemas ao longo da narrativa. Mesmo com poucos minutos em cena, Austin Butler rouba totalmente a atenção para si. Seu vilão é insano, sádico e tem uma fome de poder insaciável. A construção do personagem, mesmo breve, aliada à caracterização acertiva, desperta o desejo de ver mais e mais desse indivíduo totalmente cruel. Zendaya, que neste filme teria um destaque maior devido à ligação de sua personagem com o protagonista e todo o dilema da profecia, não decepciona necessariamente com uma performance, mas parece faltar algo ali, algo a mais para a personagem.



Diferentemente do primeiro, acredito que a sequência não precisava ter 2 horas e 46 minutos de duração. Enquanto em alguns momentos a narrativa parece arrastada, em outros ela é bastante apressada, deixando de explorar detalhes que poderiam enriquecer a experiência.

Com certeza, "Duna: Parte 2" é um filme que merece sua atenção e não fica atrás do primeiro. É uma obra de ficção científica que não vemos há muitos anos, e afirmo com convicção que se tornará um clássico um dia. É uma experiência única que você precisa vivenciar, especialmente se puder assistir no IMAX, o que eleva ainda mais a experiência. Como uma dica de amigo, assistir "Duna: Parte 1" antes só tornará sua experiência ainda mais rica e envolvente.


"Duna – Parte 2" estreia em 29 de fevereiro de 2024.



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