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viniciusarauujo

O Círculo: O lado obscuro da tecnologia ou dos seres humanos?


Sinopse: Mae (Emma Watson) é uma universitária cujo sonho é trabalhar na maior empresa de tecnologia do mundo, O Círculo. A organização foi fundada por Eamon Bailey (Tom Hanks) e o seu principal produto é o SeeChange, uma pequena câmera que permite aos usuários compartilharem detalhes de suas vidas com o mundo. Mae vê sua vida mudar completamente quando é contratada pela empresa e sua função passa a ser documentar sua vida em tempo integral. O que ela não imaginava, no entanto, é que toda essa exposição teria um preço, não só para ela, mas também para todos ao seu redor.

Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, Bill Paxton, Ellen Wong, Karen Gillan

Direção: James Ponsoldt

Gêneros: Ficção, Suspense

Duração: 109 minutos

 Vivemos em uma sociedade cada vez mais dependente da tecnologia, consequentemente vemos mais filmes inspirados em nossa realidade, ao contrário do que era visto antigamente, onde a realidade era baseada no que assistíamos nos filmes. “O círculo” é a grande prova que a ficção cada vez mais se aproxima de um documentário.

 O filme é  baseado na obra literária de Dave Eggers, que também assinou o roteiro junto com James Ponsoldt (The Spectacular Now). A trama se passa em tempos atuais, com o início de uma distopia empregada por uma grande corporação equivalente ao Facebook. Nada mais que o futuro de uma geração movida por interações, onde quanto mais você interage mais está imerso em um mundo onde tudo está conectado como um padrão logaritmo, no que interessa são números, sejam eles em quantos “amigos” você tem, quantas festas você vai ou na quantidade de likes que você ganha. O mundo em que discursos de ódio são espalhados em suas timelines, sem ao menos darem o direito de resposta, o mundo que não existe mais privacidade, pois acham que não podem confiar uns nos outros. Parece um roteiro saído direto de "Nosedive" da série “Black Mirror”, mas realizado de uma forma quase que superficial, porém necessária como um alerta para a sociedade.  

 O filme é protagonizado por Mae (Emma Watson, de “A bela e a fera” e “As vantagens de ser invisível”), uma jovem com problemas familiares e um emprego entediante, que se vê diante de uma proposta de emprego dos sonhos sem a possibilidade de recusar. Ao ingressar na empresa “Círculo”,  após um processo seletivo nada convencional, ela se torna o tipo de funcionário Full time que vive em função do emprego, nada que não observamos atualmente nas grandes empresas, onde massagens, academias, restaurantes encontram-se em seu local de trabalho, ou seja, tudo que você possa fazer lá sem sair do núcleo, pois quanto mais tempo ficar no trabalho, mais lucro eles terão, é como se não houvesse um mundo fora dali.

 Aos poucos sua personalidade vai mudando ao ser doutrinada por Eamon Bailey (Thom Hanks), como se fosse um líder de alguma igreja, partido político ou até mesmo de algum tipo de pirâmide em que fazem uma lavagem cerebral irreversível.  A partir do terceiro ato que o filme começa desandar, quando todos estavam preparados para um final revolucionário, Mae age igual a personagem de Sônia Braga no final de Aquarius, onde ambos os filmes estavam caminhando bem e estragam o final como se fossem aquelas crianças querendo dar o troco no amiguinho que a tratou mal. Uma pena, pois com um tema tão relevante pecaram justamente no final. Apesar do final negativo, o filme tem seus pontos positivos, como o tema, trilha, fotografia, elenco e principalmente o Motion Design limpo com uma tipografia inspiradora. O filme consegue te prender do começo ao fim e faz você se questionar quanto o uso da tecnologia poderá prejudicar ou favorecer a humanidade, aliás, quem nunca ficou feliz com likes, achou aquela pessoa especial distante no Facebook ou até mesmo ficou feliz com o aviso do aplicativo sobre o melhor caminho no trânsito, mas até que ponto a tecnologia será usada de forma positiva? Ou até onde somos capazes de ir em função dela? Pensem nisso...

 Confira o trailer:

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